Educação

Estrutura do Ciep Pelotas corre risco de desabar

Interditada, entrada da escola convive com problema há nove anos; educandário busca auxílio do governo do Estado para consertar o problema

Gabriel Huth -

Já se vão nove anos desde que funcionários da Escola Estadual Osmar da Rocha Grafulha (Ciep/Fragata) perceberam que o chão da entrada pela rua Olenka Litran de Souza Soares constantemente ficava polvilhado de pedaços de tijolos. Ao olhar para cima, a constatação: a viga de concreto do saguão começara a ceder, empurrando no processo tijolos, vidros e a laje metálica que protege os alunos nos dias de chuva na área externa. Desde então, estudantes e trabalhadores convivem com a iminência da queda da estrutura, sem perspectivas de reforma.

Há cinco anos, quando a situação se agravou, a direção da época fez o primeiro pedido à 5ª Coordenadoria Regional de Educação (5ª CRE) para que houvesse restauro. O processo se estendeu até o ano passado, quando engenheiros da 5ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (5ª Crop) decidiram por interditar o local, passando a ser utilizada a avenida Duque de Caxias como entrada principal, com um tapume sendo colocado em outubro de 2016 no interior da escola para impedir a passagem até o saguão, também interditado.

O principal argumento para a urgência nas reformas diz respeito à forma utilizada para evitar a iminente queda da estrutura: a instalação de toras de madeira rapidamente deterioradas - na visita à escola, o Diário Popular percebeu algumas já empenadas que nada mais seguravam. "É complicado, vivemos com esse medo. Nos dias de chuva piora, pois temos de ficar ali para nos proteger", comenta Bruno Cortez, 16, aluno do primeiro ano. Ao lado do saguão interditado, existem salas onde funcionários da escola trabalham diariamente.

Novo processo
De acordo com a vice-diretora do Ciep, Fabiane Madeira, a última reunião com a 5ª Coordenadoria Regional de Educação ocorreu há dois meses. Na ocasião, foi-lhe informado que, para haver a reforma, é preciso que se instaure um novo processo para que se consigam verbas via governo do Estado. Com o recurso, uma empresa seria contratada para fazer estudo aprofundado da situação do local e, na sequência, as obras iniciariam. "Nos falaram que a situação está com a Secretaria da Educação, mas não há um prazo, apesar do caráter de urgência", comenta.

O diretor financeiro do Ciep, Inácio Campos, vê o imbróglio de quase uma década como absurdo. "É um descaso do Poder Público. O governo sabe que pode cair, tanto que interditou, mas não faz a reforma", reclama. 

Contraponto
De acordo com o coordenador da 5ª CRE, Carlos Alberto Vieira, o atraso se deve ao fato de a empresa selecionada para efetuar as obras não ter assinado o contrato para o serviço, ao que foi preciso buscar nova executadora. Ele ressalta que o problema não se limita ao Ciep Pelotas, tendo também acontecido na unidade de Cristal, e que um laudo estrutural foi solicitado. Vieira não determinou prazo para o início das obras, afirmando necessitar de envio de recursos do governo do Estado.

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